domingo, 6 de fevereiro de 2011

Resumo sobre texto de Klein, M. F. - Curriculum Design

Bibliografia: Klein, M. F. (1985) "Curriculum Design". In T. Husen e T. Postlethwaite, (Ed), The International. Encyclopedia of Education. Oxford: Pergamon

            Neste artigo de Klein denominado por desenho do currículo ou desenho curricular, o autor explicita o desenho do currículo como sendo a forma como o próprio currículo está estruturado. Esta estrutura do currículo é determinada por 2 níveis de decisão, sendo que estes se podem diferenciar entre um nível mais geral e um nível mais específico. O nível mais geral de é sobretudo caracterizado pela escolha de valores básicos, enquanto o nível mais específico aborda temas como o planeamento e a implementação dos diferentes elementos do currículo.
            Apresento então o conteúdo principal do artigo, ou seja, as três fontes que se constituem como a base para a decisão curricular, segundo Tyler (1950): Organização do conteúdo, estudante e sociedade. Estas três fontes constituem-se como a base para a decisão curricular, segundo Tyler (1950).
A organização do conteúdo é a fonte mais comum e reflecte o conhecimento humano colectivo. A maioria dos projectos curriculares define o conteúdo que deve ser aprendido em termos da estrutura da disciplina. Esta estrutura são os conceitos e os processos que permitem perceber a disciplina e o essencial para o estudo da mesma.
No que respeita à fonte “estudantes”, um desenho curricular é criado quando a fonte de decisão é o estudante. Neste caso são consideradas as necessidades, interesses, habilidades e experiências passadas dos estudantes para a tomada de decisão sobre os elementos curriculares. Este tipo de desenho curricular envolve maior cooperação entre estudantes e professores. O conteúdo é seleccionado com base nos interesses e o no envolvimento activo dos estudantes, ou seja, planeamento das actividades e adequação dos materiais às actividades. O autor cita a escola de “SummerHill” (escola no Reino Unido fundada por Alexander Neill) como exemplo em que os alunos participam total e activamente nas decisões a tomar sobre a escola, é lhes dada total autonomia para que estes se possam expressar. No caso Português é certo que temos representantes de alunos mas estes não têm uma palavra “decisiva”, sendo que não possuem oportunidade de participar nas principais directivas da escola, tal como acontece no exemplo anterior.
Também sobre o facto de os currículos ponderarem sobre experiências passadas dos alunos, conhecimentos ou outro tipo de informação sobre os mesmos, é certo que não poderemos ter currículo para cada aluno mas não se respeita, no meu ponto de vista, as principais aprendizagens dos alunos dado que temos professores em sala de aula (refiro aqui experiências a que tive oportunidade de assistir enquanto aluno) que iniciam um processo novo sobre uma dada matéria sem perceberem quais as dificuldades e as aprendizagens passadas menos bem apreendidas pelos alunos.
No que respeita à fonte “sociedade”, esta fonte “desenha” currículo com o objectivo de compreender e melhorar a sociedade. As escolas comunitárias configuram-se como um bom exemplo deste currículo. O conteúdo deriva da vida em sociedade essencialmente e enfatiza as funções da sociedade, actividades da vida social ou os problemas dos estudantes e humanidade. Uma das principais vantagens deste tipo de desenho curricular encontra-se na “unidade do currículo” e a relevância que esta unidade tem para os estudantes e para a sociedade.
Depois da apresentação das fontes penso que seja relevante enunciar que não há nenhum modelo que seja inteiramente adequado a escola. Cada desenho contribui a sua maneira para a educação e cada um tem fraquezas que devem ser compensadas pelos outros desenhos para providenciar aos estudantes outras experiências curriculares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário